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sábado, 27 de agosto de 2011

Mestiçagem entre o Homem de Neanderthal e Denisovanos, fortaleceu os humanos.



Os estudos que se preocupam em explicar a natureza humana, experimentaram ao longo dos anais historiográficos, intrincadas barreiras. Todavia os portentos da razão sempre bateram mais forte do que os conhecimentos apriorísticos abruptos e ferrenhamente apresentados pela forte dominadora cultura cristã.
Quando Franz Boas, o notável antropologista alemão, em sua magnífica produção intelectual “A Mentalidade do Homem Primitivo” proclamava as verdades sobre a natureza humana não faltaram aqueles que tentassem desacreditá-lo. Quando ele então observou que é o homem um metazoário ( grupo de animais que possuem mais de uma célula ) cujo organismo se prende, por obviedade, á série animal por uma geral afinidade de estrutura, tentaram ridicularizá-lo. Mas ele prosseguiu convicto em suas preleções. Quando então, em seguida, disparou que havia um grande número de pontos em comum entre humanos e símios o mundo, ao seu redor, quase veio abaixo. Mas ele não se envergou! “ Como estes, é ele um mamífero, por ser dotado de glândulas mamárias, pêlos, e por ter a cavidade toráxica, onde se alojam o coração e os pulmões, separada da cavidade abdominal por um diafragma completo.

Como o de seus irmãos primatas, os olhos do homem estão voltados para a frente , de modo a facultar-lhe a visão estereoscópica . Seus dedos das mãos e dos pés. Constam de cinco artículos, e, como o deles, são providos de unhas chatas e não de garras. E assim, o parentesco do homem revela sua ascensão a partir de formas inferiores, sendo os seus caracteres anatômicos o resultado de uma evolução pré-humana”. Já naqueles idos Boas asseverava que longe de ser degradante ( como entendiam muitos nos primeiros assaltos da controvérsia darwiniana), isso deveria enaltecer a raça humana
Essa doutrina da continuidade genética de todas as formas da vida demonstra ser o homem o último elo de uma cadeia que progrediu no sentido do aperfeiçoamento cerebral. Aliás, complementaria ele, ao surgir o homo sapiens nos limbos da história, ele já levava enorme dianteira sobre os outros animais. Eis aqui algo de que deveríamos, profundamente, não ignorar.

As pesquisas levadas a cabo por Peter Parhan e outros estudiosos, a propósito de nosso parentesco com vários espécimes primatas, vem indubitavelmente ao encontro de meticulosos levantamentos e idéias, trazidos ao mundo e gizadas por espetaculares e dedicados humanos como Franz Boas. E isso aconteceu há dezenas de décadas no passado. As absurdas teses defendidas pelo conde de Gobineau já não cabem mais. Ou será que ainda há aqueles que teimam em difundir tamanhos e incríveis disparates ?!

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Washington. Os seres humanos herdaram os genes do homem de Neanderthal e de um grupo de hominídeos que nos protegem hoje de certas enfermidades. O achado foi divulgado na mais recente publicação da revista Science
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Comparações realizadas em vários genes e segmentos de DNA ( o ácido desoxirribonucléico) revelaram que o cruzamento com ambas as espécies de hominídeos conferiu ao ser humano moderno uma proteção natural contra certas enfermidades. Tais afirmações foram divulgadas pelos cientistas da universidade de Stanford e dirigidos por Peter Parhan.

Esses genes denominados de HLA são importantes para que o nosso sistema imunológico reconheça e combata certos agentes patogênicos, explicaram os cientistas.

Há mais ou menos 400 mil anos ocorreu a separação entre as três espécies pré-históricas de hominídeos.
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Os Neanderthal abandonaram África para se dirigirem para o continente europeu e Ásia Ocidental enquanto que seus parentes, Denisovanos, (que viveram entre há 30 a 50 mil anos na Sibéria e Sudeste asiático e que também se reproduziram com a nossa espécie, os humanos modernos) partiram dali em direção a Ásia Oriental e a Oceânia.



Esta mestiçagem entre estes grupos de hominídeos permitiu, por exemplo, uma maior variante do gene HLA ( HLA-B ) em populações asiáticas e uma outra variante denominada de HLA ( HLA-A ) que é mais comum entre os habitantes da Ásia Oriental e Oceânia.

Os cientistas chamaram a atenção que estas variantes todavia são abundantes entre europeus e asiáticos e menos presentes entre os africanos.
Por essa razão a equipe de antropólogos seguiu as pistas e as pegadas genéticas das espécies de hominídeos desaparecidos e descobriram que os europeus possuem 2,5% do DNA do homem de Neanderthal, ( diversos estudos antropológicos destacam que os Neandertais surgiram há 300 mil anos, na Europa e no Médio Oriente) enquanto que nas populações asiáticas possuem as pegadas genéticas dos denisovanos, principalmente na região da melanésia.
Tudo isso sugere, após várias estudos e análises criteriosas, que fizeram a guerra, sem dúvida, algo muito comum em tempos de adaptação ao meio ambiente ( observações sobre tais fenômenos foram considerados por Charles Robert Darwin em “A origem das Espécies” e frequentemente citadas por Franz Boas, ambos notáveis estudiosos da evolução das espécies de dos hominídeos respectivamente) Mas, reforçando as conclusões de outros cientistas, a equipe de Peter Parham encontrou em genes do sistema HLA provas de que também realizaram acasalamentos.

Entre as pessoas que vivem ali prevalece 6% de DNA ancestral.

Esta mestiçagem não foi apenas um feito casual mas representou e concedeu maior força genética ao Homo Sapiens, asseverou Parham.


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